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O ex-presidente norte-americano Donald Trump voltou a atacar a indústria cinematográfica internacional e afirmou que pretende impor uma tarifa de 100% sobre todos os filmes produzidos fora dos Estados Unidos. A declaração foi feita em sua rede social, Truth Social, quatro meses após ele já ter sinalizado uma medida semelhante.
“Nosso negócio de cinema foi roubado dos Estados Unidos por outros países, assim como roubam doce de um bebê”, escreveu Trump, acrescentando que a Califórnia estaria entre os estados mais prejudicados pela concorrência externa.
Trump não detalhou como a tarifa seria aplicada, mas justificou a medida alegando que os incentivos oferecidos por outros países a produtores e estúdios configurariam “uma ameaça à segurança nacional”. Segundo ele, a política teria como objetivo recuperar empregos e investimentos perdidos pela indústria de Hollywood.
Especialistas veem na proposta um ataque direto à prática de terceirização da produção adotada por estúdios norte-americanos. Há décadas, grandes empresas do setor recorrem a locações e estúdios no Canadá, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e países da Europa, como Hungria e Itália, para reduzir custos e explorar cenários variados.
Analistas também apontam que a iniciativa, se implementada, pode gerar forte tensão comercial com aliados estratégicos dos Estados Unidos e impactar diretamente a dinâmica de produção global de filmes.
