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A divisão entre o governador Carlos Brandão e o grupo político do ministro do STF Flávio Dino acendeu um alerta no Palácio do Planalto. Preocupado com o racha na base aliada maranhense, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta promover uma reaproximação entre as duas alas para evitar o fortalecimento da oposição nas eleições de 2026.
Durante visita a Imperatriz, onde inaugurou um conjunto habitacional, Lula fez um apelo público pela unidade. “Quando a gente começa a brigar dentro de casa, acaba dando chance ao adversário de vencer”, afirmou em entrevista à TV Mirante.
O impasse gira em torno da sucessão estadual. Brandão articula o nome do sobrinho Orleans Brandão (MDB), enquanto o grupo ligado a Dino defende o vice-governador Felipe Camarão (PT). A disputa agravou o distanciamento entre os dois campos, que já vinham em rota de colisão desde 2023.
Nos bastidores, aliados de Brandão afirmam que ele mantém apoio de cerca de 180 prefeitos e de partidos como PP e União Brasil. Já os aliados de Dino acusam o governador de se afastar da esquerda e de agir de forma personalista ao tentar impor um sucessor.
Lula pretende conduzir pessoalmente as negociações com Brandão e o PT local para recompor a aliança. “O presidente sinalizou pela pacificação e vai liderar esse diálogo”, disse o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT).
A conversa entre Lula e o governador deve ocorrer na próxima semana, em tentativa de conter a crise e evitar nova fragmentação da base governista no Maranhão.
