Leandro Bello se manifesta em apoio a Felipe Camarão, exige consistência e denuncia práticas de perseguição política - Blog do Irmão Francisco

O deputado estadual Leandro Bello (Podemos) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (28) para apoiar o vice-governador Felipe Camarão (PT) e criticar o que classificou como perseguições políticas e contradições dentro do grupo que governa. Durante seu pronunciamento, elogiou o desempenho de Camarão à frente da Secretaria de Educação, afirmando que ele é o melhor que o Maranhão já teve, ressaltando sua juventude, empenho e compromisso com o bem-estar coletivo. “Gostaria que alguém se apresentasse aqui e falasse de uma única pessoa que Felipe tenha prejudicado”, desafiou o deputado, respondendo aos ataques dirigidos ao vice-governador por uma colega da casa.

Leandro também reprovou o silêncio do governador Carlos Brandão (PSB) a respeito da possível candidatura de seu sobrinho para a sucessão estadual. Ele afirmou que, em uma conversa particular durante uma visita a Timon, Brandão não tocou no tema. O deputado relembrou que a vitória de Brandão foi resultado de um acordo político entre o ex-governador Flávio Dino e o presidente Lula, ressaltando que “ninguém é forçado a assumir compromissos, mas uma vez que isso acontece, é necessário cumprir”.

O deputado ainda usou a tribuna para pedir que os colegas demonstrassem sensibilidade diante de questões urgentes. Mencionou o recente caso de feminicídio no estado, onde um pastor atacou a esposa com mais de 30 facadas, expressando sua indignação pelo silêncio da Assembleia frente a essa tragédia. Também recordou o incidente de humilhação da ministra Marina Silva no Congresso Nacional, que não recebeu qualquer demonstração de apoio por parte dos deputados maranhenses. “Estamos há 21 dias tratando de uma conversa no WhatsApp e ignorando os reais problemas do Maranhão”, enfatizou.

Ao concluir sua fala, Leandro Bello denunciou a demissão de Rodrigo Arraes, ex-secretário de Representação Social do Governo do Estado, que, segundo ele, foi dispensado sem justificativa para dar espaço a uma indicação da deputada Mical Damasceno. O deputado questionou a influência da deputada, que se identifica como bolsonarista, não apoiou Brandão na eleição, mas ocupa postos estratégicos no governo. Com ironia, ele finalizou: “Estou certo de que todo esse movimento que ela faz há 21 dias não se deve a cargos.”