Durante uma sessão na Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado estadual Leandro Bello (Podemos) apresentou uma defesa contundente do vice-governador Felipe Camarão (PT), contra-argumentando de maneira enfática as afirmações da deputada Mical Damasceno (PSD), que criticou Camarão, expressando preocupação com a possibilidade de o petista assumir a liderança do Executivo estadual.
No plenário, Mical acusou Felipe Camarão de não refletir os princípios do grupo político que atualmente governa o estado, considerando sua continuidade uma ameaça. Além disso, ela fez referência a veto do vice-governador, enquanto ocupava o cargo de secretário da Educação, a iniciativas que estavam ligadas a pautas conservadoras, especialmente aquelas concernentes à ideologia de gênero, alertando para uma possível “manobra” que poderia permitir que Camarão se tornasse o líder do estado.
Leandro Bello respondeu de forma firme. O deputado condenou os ataques e indagou diretamente sobre quais interesses estariam por trás da fala da colega parlamentar. “O governador Carlos Brandão já afirmou que a discussão de 2026 deve ocorrer em 2026. Por que trazer esse debate à tona agora? A quem serve essa divisão dentro do nosso próprio grupo?”, questionou Bello.
Ele também ressaltou o legado que Felipe Camarão deixou na Secretaria da Educação, mencionando programas como o Escola Digna, que transformou escolas de taipa em instituições de qualidade, impactando positivamente a vida de milhares de estudantes no estado. Para ele, Camarão é um profissional que merece reconhecimentos por suas contribuições e trajetória. “Precisamos respeitar a todos. O vice-governador Felipe Camarão tem uma história, tem um trabalho prestado e colaborou para a reforma educacional do Maranhão”, declarou Bello, enfatizando que o foco deve ser na governança, em vez de antecipar disputas eleitorais.
As palavras de Leandro Bello geraram repercussão tanto dentro quanto fora do parlamento, sendo vistas como um ato de equilíbrio e fidelidade ao governo atual, em meio às tensões internas que se formam nos bastidores com vistas às eleições de 2026.