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Se você notou que a sua conta de energia elétrica aumentou, saiba que isso está relacionado às condições climáticas. A alteração nos padrões de precipitação em um mundo mais quente tem diminuído os níveis dos reservatórios, o que afeta diretamente a produção de eletricidade e o seu custo.
Em agosto, o aumento na tarifa se tornou evidente. Nesse mês, o governo anunciou a implementação da bandeira vermelha patamar 2, devido à baixa quantidade de água nos reservatórios. Essa bandeira representa o valor mais elevado entre as tarifas do sistema.
Qual é a razão para isso acontecer?
A energia no Brasil é majoritariamente gerada a partir da água. Aproximadamente 60% da eletricidade consumida no país se origina de usinas hidrelétricas, que necessitam de rios abastecidos para operar adequadamente.
Entretanto, o país tem enfrentado duas situações extremas: seca e calor intenso.
Em 2024, o Brasil registrou uma das mais severas secas de sua história, resultando no desaparecimento de trechos de vários rios principais. Isso se agrava com o calor excessivo, que acelera a evaporação da escassa água disponível. A consequência imediata desses fatores é a diminuição dos reservatórios em várias regiões do país.
Nosso sistema elétrico é interconectado e funciona como uma grande caixa d’água. Quando está repleta, a distribuição de eletricidade ocorre de forma estável e com custos mais baixos.
Entretanto, quando os níveis de água caem, o país precisa depender de outras fontes, como as usinas termelétricas, que têm um custo mais elevado. É nesse momento que a conta de energia se eleva.
Recentemente, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), organismo encarregado da administração do setor elétrico, manifestou preocupação em relação à situação das hidrelétricas. A entidade chegou a indicar que, diante do aumento na demanda de energia, poderia ser necessário reconsiderar a possibilidade de reintroduzir o horário de verão no futuro. Contudo, essa decisão ainda não foi estabelecida.