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Lideranças do Centrão articulam para que o ex-presidente Jair Bolsonaro antecipe a oficialização da candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, à Presidência em 2026. Nos bastidores, o recado é duplo: Bolsonaro deve enquadrar o deputado Eduardo Bolsonaro, apontado como foco de desgaste dentro do bolsonarismo, e acelerar a definição do sucessor.
Para dirigentes do bloco, o maior obstáculo à viabilidade de Tarcísio não é Jair, mas a ala radical liderada por Eduardo, que pressiona o governador a adotar posturas mais extremas — algo que ele resiste em fazer.
O Centrão também teme repetir o cenário de 2018, quando a candidatura de Fernando Haddad foi oficializada tarde demais após a inelegibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia é evitar que Tarcísio perca tempo para consolidar seu projeto eleitoral.
Apesar de defender publicamente uma anistia ampla para investigados do 8 de Janeiro, Tarcísio ainda enfrenta desconfiança entre bolsonaristas radicais, que exigem mais sinais de lealdade. O governador, porém, tem indicado que já deu provas suficientes e agora precisa se concentrar em seu próprio futuro político.