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A Polícia Civil de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (4) que a BMP, uma das organizações impactadas pelo ataque cibernético ao sistema financeiro, sofreu uma perda isolada de R$ 541 milhões. Estima-se que ao menos outras cinco instituições tenham também enfrentado acessos não autorizados em suas contas de reservas.
As contas de reservas são aquelas mantidas por bancos e instituições financeiras no Banco Central do Brasil (BC).
Essas contas funcionam de maneira semelhante a contas correntes de indivíduos e são utilizadas para gerenciar movimentações financeiras das instituições, assim como garantir liquidez, servindo como uma reserva financeira que as instituições são obrigadas a manter para assegurar o cumprimento de suas obrigações.
Além disso, essas contas possibilitam que as instituições participem de operações junto ao BC, como empréstimos para liquidez, investimentos em títulos públicos e depósitos compulsórios (montantes que os bancos devem manter no BC). O BC não revela oficialmente o montante total movimentado diariamente nessas contas de reserva.
Segundo informações do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), pertencente à 2ª Delegacia da Divisão de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de São Paulo, um homem suspeito de facilitar o ataque foi detido nesta sexta-feira (4).
Conforme o órgão, a BMP registrou um boletim de ocorrência na última segunda-feira (30), relatando um esquema de roubo via operações fraudulentas pelo PIX.
A investigação revelou que um funcionário da C&M Software — empresa que teria sufrido o ataque cibernético que possibilitou o acesso às contas reservas das instituições financeiras — teria concedido acesso ao seu computador, permitindo que os hackers atacassem os sistemas sigilosos da empresa.
A Polícia também declarou, através de uma nota, que a investigação continua com o objetivo de identificar e capturar os outros criminosos envolvidos nesse caso.
Em um comunicado, a BMP informou que recebeu notificação sobre a prisão preventiva do suspeito e que está “acompanhando de perto” o progresso das investigações.