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A pesquisa da Quaest, divulgada nesta quarta-feira (20), revela que Lula recuperou a aprovação em comparação à reprovação em certos grupos: aqueles que recebem até dois salários mínimos, os católicos, pessoas com 60 anos ou mais e quem possui ensino fundamental. No Nordeste, a taxa de aprovação voltou a aumentar.
De acordo com Felipe Nunes, diretor da Quaest, o governo Lula atingiu sua melhor avaliação desde janeiro devido à diminuição da inflação dos alimentos (houve uma redução na porcentagem dos que acreditam que os preços aumentaram e um aumento naqueles que acreditam que os preços diminuíram) e também em resposta ao aumento nas tarifas promovido por Trump.
A pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, foi realizada entre 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. Durante esse período, foram efetuadas 12.150 entrevistas, entre quarta-feira (13) e domingo (17).
Região
Os dados da Quaest indicam que a aprovação ao governo Lula (PT) subiu 7 pontos no Nordeste, que apresenta a maior taxa de aprovação: 60% (com um índice de 53% em julho). A desaprovação, por sua vez, também teve um recuo de 7 pontos, agora em 37% (anteriormente 44%). A margem de erro para a região é de 4 pontos, tanto para cima quanto para baixo.
Nos regionais Centro-Oeste e Norte, avaliados em conjunto, a aprovação cresceu 4 pontos, chegando a 44% (era 40%), enquanto a desaprovação caiu 2 pontos, situando-se em 53% (anteriormente 55%). Os dados estão praticamente empatados, dado que a margem de erro é de 8 pontos para mais ou menos.
Na Região Sudeste, a desaprovação ainda supera a aprovação do governo petista: 55% manifestaram desaprovação (anteriormente 56%), enquanto 42% aprovaram (eram 40%). A disparidade é de 13 pontos. Em março, a diferença era de 32 pontos, com 64% desaprovando e 32% aprovando a administração de Lula. A margem de erro na região é de 3 pontos para cima ou para baixo.
O Sul continua a registrar a maior taxa de desaprovação em relação ao governo federal no país, mantendo os 61% observados em julho. Já a aprovação da gestão Lula na região subiu 3 pontos, passando de 35% para 38%. A margem de erro aqui é de 6 pontos, tanto para mais quanto para menos.
Gênero
A avaliação do governo Lula está em um empate técnico entre as mulheres, com a desaprovação mantendo-se em 49% (mesmo índice de julho), e a aprovação subindo de 46% em julho para 48% em agosto, uma variação de dois pontos para cima. A margem de erro é de 3 pontos.
Entre os homens, a desaprovação caiu cinco pontos, dentro da margem de erro, enquanto a aprovação aumentou cinco pontos. Dessa forma, a diferença entre aprovação e desaprovação diminuiu em 9 pontos, representando a menor disparidade desde janeiro. A margem de erro é de 3 pontos.
Faixa etária
A pesquisa revela que a faixa etária de 60 anos ou mais passou a ter uma aprovação maior em relação ao governo Lula, com 55% dos entrevistados aprovando (contra 48% em julho) e 42% desaprovando (anteriormente 46%). Essa elevação de 7 pontos em apenas um mês desfez o empate técnico anterior entre os índices, resultando em uma diferença de 13 pontos a favor da aprovação. A margem de erro estipulada é de 5 pontos, tanto para mais quanto para menos.
O grupo etário de 35 a 59 anos apresenta um empate técnico, semelhante ao que foi observado em janeiro deste ano: 52% desaprovam o governo do PT (mantendo-se em 52% desde julho), enquanto a aprovação é de 46% (subindo de 44%). Essa variação de 2 pontos a favor da aprovação gerou um empate dentro da margem de erro, que aqui é de 3 pontos.
Entre os jovens, que têm entre 16 e 34 anos, a desaprovação do governo federal é de 54%, uma queda de 4 pontos quando comparada à pesquisa de março (que registrou 58%). Já a aprovação subiu para 43%, um aumento de 5 pontos (anteriormente 38%). A margem de erro para este grupo é de 4 pontos.
Escolaridade
A aprovação do governo federal aumentou entre indivíduos que possuem até o ensino fundamental completo: houve uma variação de 5 pontos, elevando-se para 56% (anteriormente 51% em julho), enquanto a desaprovação caiu 2 pontos, situando-se em 40% (antes 42%). A diferença nos índices subiu de 9 para 16 pontos. A margem de erro é de 4 pontos.
Foi observada uma melhora na avaliação entre aqueles com ensino médio completo, embora a desaprovação ainda seja predominante: 57% desaprovam (eram 62%), enquanto 41% aprovam (eram 35%). A diferença entre os indicadores diminuiu de 27 para 16 pontos. Este estrato apresenta uma margem de erro de 3 pontos para mais ou menos.
A avaliação dos entrevistados com ensino superior completo piorou, contrastando com os dados da pesquisa anterior, que havia indicado uma melhoria na aprovação do governo e empate técnico entre os índices. Atualmente, 56% desaprovam o governo Lula (era 53%), enquanto 42% aprovam (era 45%). A diferença agora é de 14 pontos e a margem de erro é de 4 pontos para mais ou menos.
Renda familiar
A aprovação do governo do PT aumentou em 9 pontos entre a população mais carente, com renda familiar de até 2 salários mínimos: 55% aprovam (antes 46% em julho), e 40% desaprovam (eram 49%). O levantamento anterior mostrava um empate técnico, e agora, a aprovação tem uma vantagem de 15 pontos. A margem de erro para este grupo é de 4 pontos.
Para os entrevistados com renda familiar entre 2 a 5 salários mínimos, ambos os indicadores apresentaram variações: 54% desaprovam (eram 52%), enquanto 44% aprovam (eram 43%). A margem de erro neste caso é de 3 pontos para mais ou menos, colocando a desaprovação à frente da aprovação.
Entre as famílias com renda superior a 5 salários mínimos, 60% desaprovam o governo Lula (era 61% em julho), enquanto a taxa de aprovação é de 39% (ante 37%). As oscilações estão dentro da margem de erro deste grupo, que é de 4 pontos.
Religião
A avaliação de Lula entre os católicos voltou a ser favorável: 54% aprovam o governo (antes 51%), enquanto 44% desaprovam (eram 45%). Este segmento obteve o resultado mais positivo para o governo neste ano, superando os 52% de aprovação e os 45% de desaprovação registrados em janeiro. A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos.
Houve uma leve variação entre os evangélicos, com 65% desaprovando a gestão de Lula (eram 69% em julho), comparado a 31% que aprovam o trabalho do presidente (antes 28%). Com esses dados, a diferença entre os índices se reduziu de 41 para 34 pontos. A margem de erro é de 4 pontos para mais ou menos.
Bolsa família
A aprovação do governo Lula entre os beneficiários do Bolsa Família atingiu 60% (eram 50% em julho), enquanto a desaprovação ficou em 37% (anteriormente 45%). Embora as variações estejam dentro da margem de erro, a situação que antes era um empate técnico em julho agora se transformou em uma vantagem de 23 pontos para a aprovação.
Entre aqueles que não recebem o benefício social, 54% desaprovam o governo federal (eram 55%), enquanto 43% aprovam (eram 41%). A diferença, que era de 14 pontos, agora se encontra em 9. A margem de erro é de 3 pontos.
Voto para presidente no 2º turno de 2022
Houve flutuações dentro da margem de erro entre os cidadãos que optaram por votar em branco, anular o voto ou não comparecer na eleição presidencial de 2022. Entre esses votantes, a desaprovação de Lula caiu de 61% para 57%, enquanto a taxa de aprovação aumentou de 31% para 39%. Isso resultou em uma redução da diferença entre os dois índices, que passou de 30 para 18 pontos. A margem de erro é de 5 pontos para mais ou para menos.
A taxa de aprovação de Lula é de 79% entre aqueles que escolheram o presidente no segundo turno de 2022, comparado a 74% anteriormente. A desaprovação diminuiu de 23% para 19%. A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos.
No que diz respeito aos eleitores de Jair Bolsonaro (PL), observa-se que 92% desaprovam (anteriormente eram 89%) e apenas 6% aprovam (antes eram 9%). A margem de erro é de 4 pontos para mais ou menos.
Aprovação por orientação política
No que se refere à orientação política, a aprovação do governo Lula é de 90% entre aqueles que se identificam como lulistas; 86% entre os que se consideram de esquerda, mas não lulistas; 42% entre os que não declararam uma posição política; 7% entre aqueles que se dizem de direita, mas não são bolsonaristas, e 8% entre os que se identificam como bolsonaristas.
Entre os que desaprovam o governo Lula, temos 8% dos lulistas; 14% dos que se situam à esquerda, mas não são lulistas; 53% dos que não têm uma posição política definida; 91% dos que se consideram de direita, mas não são bolsonaristas, e 90% dos bolsonaristas.
Os percentuais mantiveram-se dentro da margem de erro quando comparados à pesquisa anterior.
Aprovação da administração
A desaprovação do governo Lula (PT) passou a ser de 51%, com uma queda de dois pontos. Por outro lado, a aprovação do presidente apresentou um crescimento de três pontos, totalizando 46%. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou menos.
Na pesquisa anterior, realizada pela Quaest em julho, a desaprovação estava em 53%, com recuo apenas dentro do limite da margem de erro, enquanto a aprovação havia subido para 40%. Essa tendência de oscilação se repete pela segunda vez, tanto na redução da desaprovação quanto no aumento da aprovação, conforme os dados divulgados nesta quarta-feira.