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A proposta que eleva a quantidade de deputados na Câmara terá um custo estimado em R$ 150 milhões anualmente - Blog do Irmão Francisco


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A proposta que eleva a quantidade de deputados na Câmara terá um custo estimado em R$ 150 milhões anualmente

O Senado Federal está previsto para deliberar nesta quarta-feira (25) sobre uma proposta de lei que propõe um incremento de 513 para 531 as cadeiras para deputados federais. Se essa proposta for aprovada, poderá resultar em um efeito financeiro de, ao menos, R$ 150 milhões anuais.

Para ilustrar, o custo associado a essa medida ultrapassaria o orçamento total do Ministério do Empreendedorismo para o ano de 2025.

Durante o período de mandato dos parlamentares, que é de quatro anos, o aumento de cadeiras pode acarretar um custo total de R$ 600 milhões para as finanças públicas.

A proposta, que foi aprovada com um estreito margem na Câmara dos Deputados no início de maio, recebeu 270 votos favoráveis e 207 contrários, com a maioria dos partidos votando a favor do aumento das vagas, exceto PSOL, Cidadania, Novo e Rede.

Se os senadores aprovarem a proposta (são necessários ao menos 41 votos), o texto seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em relação ao impacto orçamentário, as informações da Direção-Geral da Câmara dos Deputados indicam que o efeito será de R$ 64,6 milhões por ano apenas na Câmara. Um ofício do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade declara que esse montante não gerará custos adicionais para a Câmara.

“O Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade da Câmara dos Deputados (Defin) informa que o Projeto de Lei Complementar n. 17712023, que aborda o aumento no número de Deputados federais, em análise no Senado, se aprovado, não exigirá nenhum aumento no orçamento atual desta Casa, que continuará a seguir rigorosamente o teto de gastos”, afirmou o diretor em exercício, Flávio Gomes de Mesquita.

No entanto, não se pode afirmar o mesmo sobre o impacto que essa mudança proposta pela Câmara dos Deputados terá nas assembleias legislativas de todas as unidades federativas.

A magnitude das bancadas na Câmara também influencia a estrutura de cada assembleia legislativa estadual. A Constituição determina o número de deputados estaduais em relação às bancadas federais.

Atualmente, o Brasil conta com 1.059 deputados estaduais. Se a proposta for aceita, 30 novas cadeiras serão criadas nas assembleias legislativas.

Uma pesquisa realizada pelo g1, levando em consideração os gastos com os salários dos parlamentares, cota parlamentar e verbas de gabinete disponíveis para todos os deputados estaduais, indica que esse aumento pode gerar uma elevação das despesas de R$ 85 milhões, apenas entre os deputados estaduais.

O principal gasto que seria impactado por esse aumento é o relacionado às verbas de gabinete, que são recursos destinados ao pagamento dos salários da equipe de gabinete dos parlamentares, totalizando R$ 56 milhões.
Além disso, os custos relacionados às cotas parlamentares podem totalizar aproximadamente R$ 16 milhões. Outros R$ 13 milhões seriam destinados aos salários dos deputados.

Impacto nos estados

Um total de 30 novas cadeiras nas Assembleias Legislativas seriam estabelecidas nos seguintes estados:

Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Norte: cada um com seis novas cadeiras.
Pará e Santa Catarina teriam quatro novos deputados.
Ceará, Goiás, Minas Gerais e Paraná contariam com um novo parlamentar cada.
Mato Grosso é o estado que apresenta o maior potencial de impacto no orçamento. No total, o estado pode ter um acréscimo de R$ 22 milhões anualmente devido aos novos parlamentares.

Em segundo lugar está o Amazonas, que também abrigará seis novos deputados e terá um impacto estimado em R$ 17 milhões. O Rio Grande do Norte ocupa a terceira posição, com um impacto de R$ 15 milhões.

Confira os detalhes:

Amazonas: R$ 17.309.940,48
Ceará: R$ 2.269.422,61
Goiás: R$ 2.112.932,02
Minas Gerais: R$ 2.733.766,80
Mato Grosso: R$ 22.303.774,08
Pará: R$ 9.646.774,72
Paraná: R$ 2.709.507,62
Rio Grande do Norte: R$ 15.378.700,44
Santa Catarina: R$ 10.973.770,52

Aumento superior ao orçamento do ministério

O aumento nos gastos para manter as atividades legislativas nas 27 unidades federativas e na Câmara dos Deputados excede o valor estipulado no Orçamento da União de 2025, destinado a cobrir as despesas do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, que foi determinado em R$ 132 milhões.

Esse montante também supera o previsto para alguns programas do Governo Federal em 2025.

Dentre esses, figura o Programa Espacial Brasileiro, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que foi orçado em R$ 117 milhões.

Programas voltados para os direitos humanos, tais como:

Mulher Viver sem Violência, do Ministério das Mulheres: R$ 85.237.930,00
Promoção da Igualdade Étnico-Racial, Combate e Superação do Racismo, do Ministério da Igualdade Racial: R$ 86.202.29.
Promoção da Cidadania, Defesa de Direitos Humanos e Reparação de Violações, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania: R$ 118.083.667,00

Necessidade de alteração

A Constituição estabelece que a representação na Câmara deve refletir proporcionalmente a população de cada estado. Na eleição de 1994, o número de deputados foi definido com base na população de 1985.

Desde então, a quantidade de deputados nunca foi revisada, mesmo diante dos novos censos populacionais que apontam um crescimento na população de determinados estados.

Em 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou que essa atualização fosse realizada. O prazo se encerra em 30 de junho, levando o Congresso a agilizar a resolução desta questão. Caso os deputados não cumpram esse prazo, será responsabilidade do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinar a quantidade de deputados por estado.

Em 2023, o STF decidiu que a Câmara continuaria a contar com 513 deputados. Contudo, os estados estariam sujeitos a ajustes em suas representações para refletir as variações populacionais verificados no último Censo.

Sete estados — incluindo o do presidente da Câmara — poderiam ver redução em suas cadeiras: Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Por outro lado, sete estados teriam aumento: Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará e Santa Catarina.

O que estabelece o projeto?

O projeto que foi aprovado resulta de um acordo liderado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

O texto determina que nenhum estado perderá cadeiras no parlamento. Na verdade, a proposta sugere que alguns estados possam ganhar.
Além disso, os parlamentares da Câmara dos Deputados também definiram novos critérios para a atualização da distribuição das cadeiras na Câmara.

De acordo com o texto, os dados do Censo devem ser considerados. Entretanto, existem regras que devem ser seguidas para que a coleta de dados seja válida para a redistribuição de cadeiras:

Os dados de pesquisas amostrais ou estimações não oficiais do Censo não poderão ser utilizados.
▶️ Os dados coletados pelo Censo precisarão ser auditados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e poderão ser objeto de litígios por partidos políticos ou governos estaduais;

▶️ se o TCU considerar os dados como não confiáveis, o Censo não poderá ser utilizado para a redistribuição das cadeiras.

A Constituição determina que nenhuma unidade federativa pode ter menos de 8 representantes e o estado com a maior população – que é São Paulo – deve ter, no máximo, 70 assentos.

Conforme a proposta, as revisões periódicas devem respeitar esses limites. As atualizações das cadeiras serão realizadas por meio de um cálculo similar ao quociente eleitoral.

Críticas

Durante a discussão no Senado Federal, a proposta recebeu três manifestações de repúdio das cidades de Rio dos Cedros (SC), Novo Hamburgo (RS) e Vacaria (RS), todas localizadas na região Sul do Brasil.

Na carta encaminhada pela Câmara Municipal de Novo Hamburgo, o vereador Juliano Souto (PL) afirmou que o impacto financeiro da proposta, com um aumento de despesas, é contraditório e chamou a situação econômica do país de “falta de vergonha”.

“Em um contexto de crise econômica pelo qual o Brasil está passando, onde milhões de cidadãos enfrentam dificuldades financeiras, inclusive em nossa cidade, a proposta que sugere o aumento do número de representantes federais se revela não apenas inadequada, mas também desproporcional, lamentável e vergonhosa”, declarou o vereador.

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