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A votação do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil promete ser um teste para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e para a oposição na Câmara. Embora a medida beneficie cerca de 20 milhões de contribuintes e não deva enfrentar resistência, a disputa se concentra nas compensações para a perda de receita estimada em R$ 26 bilhões.
O governo defende taxar rendas anuais acima de R$ 600 mil com alíquota progressiva de até 10%, proposta alinhada ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Já o PL e parte do Centrão resistem, alegando que a tributação pode desestimular quem “faz o país crescer”. O PL também pretende propor elevação da isenção para até R$ 10 mil, sem indicar compensações, o que o governo classifica como populismo fiscal.
No Senado, a resistência já é explícita. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) criticou tentativas de abrandar a taxação dos mais ricos e disse que mudanças feitas na Câmara serão revertidas: “Blindar dividendos e grandes rendas é proteger o andar de cima”, afirmou.