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O ex-prefeito de Teresina, José Pessoa Leal, conhecido como Dr. Pessoa, foi indiciado pela Polícia Civil do Piauí por associação criminosa e manipulação indevida de dados em sistemas de informação. O indiciamento é resultado da Operação Reset, deflagrada em julho deste ano pelo Departamento de Combate à Corrupção (DECCOR), que apurou o cancelamento irregular de 2.419 multas de trânsito aplicadas pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) entre fevereiro e junho de 2024.
De acordo com o inquérito, embora tenha negado envolvimento, Dr. Pessoa foi apontado por seu sobrinho, Bruno Migliano Pessoa — ex-superintendente da Strans —, como a autoridade que determinava o cancelamento das infrações. As investigações ainda identificaram que o servidor Lucas da Rocha Lima, nomeado pelo então prefeito e filho de um amigo pessoal, foi estrategicamente colocado no setor responsável pelos registros para executar os cancelamentos ilegais.
Além de Dr. Pessoa, também foram indiciados Bruno Migliano Pessoa, Daniel Lima Araújo, Lucas da Rocha Lima, Lídia Maria Felix Carvalho da Costa e Witalo de Sousa Santos. Os envolvidos devem responder por crimes de associação criminosa e adulteração de dados, cujas penas podem chegar a 12 anos de prisão.
A Polícia Civil não descarta novas fases da Operação Reset e investiga possíveis conexões do esquema com outras autoridades políticas e parlamentares. O caso poderá gerar desdobramentos penais, cíveis e administrativos, além de impactar diretamente a trajetória política do ex-prefeito.