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Trump afirma que a tarifa global variará entre 15% e 20%; a taxa de 50% aplicada ao Brasil é mais do que o dobro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (28) que pretende estabelecer tarifas entre 15% e 20% sobre os parceiros comerciais que não firmarem um acordo econômico com Washington.

Se essa expectativa se concretizar, o Brasil enfrentaria uma tarifa significativamente mais alta do que a aplicada ao resto do mundo, visto que os produtos brasileiros estão sujeitos a uma taxa de 50% imposta por Trump.

“A tarifa global estaria situada entre 15% e 20%”, declarou Trump durante uma entrevista com jornalistas.
Trump também comentou sobre a China, expressando seu desejo de que o país asiático abra seus mercados para os produtos americanos.

“Fechamos um acordo com a Indonésia, e eles abriram seu mercado para nós. O Japão também permitiu a entrada dos nossos carros e nosso arroz. As Filipinas fizeram o mesmo […] e eu adoraria ver a China tomar essa mesma iniciativa. Estamos atualmente negociando com eles”, disse.

As principais autoridades econômicas dos Estados Unidos e da China reiniciaram nesta segunda-feira (28), em Estocolmo, as conversações para tentar resolver as longas disputas comerciais entre as duas maiores economias globais.

O propósito dessas discussões é estender a trégua tarifária por mais três meses, segundo a agência Reuters.

A China tem até 12 de agosto para formalizar um acordo tarifário sustentável com o governo de Trump. Esse prazo foi estipulado após acordos preliminares entre Pequim e Washington em maio e junho, que visavam encerrar semanas de aumento tarifário e disputas relacionadas a minerais raros.

Na ausência de um acordo, as cadeias globais de suprimentos podem passar por nova instabilidade, com tarifas dos EUA subindo a níveis de três dígitos, o que equivaleria a um embargo comercial bilateral.

Conversas com a China

As negociações em Estocolmo ocorrem logo após o maior acordo comercial já alcançado por Trump com a União Europeia, que foi anunciado no domingo e estabelece uma tarifa de 15% sobre a maioria das exportações do bloco para os Estados Unidos, incluindo automóveis.

O acordo com a UE também garante US$ 600 bilhões em investimentos europeus nos EUA. Esse entendimento representa um avanço significativo na política tarifária, embora ainda precise da validação dos países membros, com líderes europeus já questionando os termos do acordo.

Nas semanas recentes, Trump anunciou acordos com Reino Unido, Indonésia, Filipinas, Vietnã e Japão. Com o Japão, o arranjo prevê investimentos de US$ 550 bilhões e tarifas recíprocas de 15%.

Não se espera um progresso equivalente nas negociações entre os EUA e a China, mas analistas acreditam que uma nova prorrogação de 90 dias da trégua tarifária e do controle de exportações, realizado em meados de maio, é bastante provável.
A extensão do prazo impediria uma nova escalada nas tensões e facilitaria o planejamento de uma potencial reunião entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping no final de outubro ou no início de novembro.

Um representante do Tesouro dos Estados Unidos não se manifestou sobre uma matéria do jornal “South China Morning Post”, que citou fontes anônimas afirmando que as duas nações evitariam a imposição de novas tarifas ou ações que pudessem agravar a guerra comercial nos próximos 90 dias.

A administração Trump está se preparando para aplicar, nas próximas semanas, novas tarifas setoriais contra a China, abrangendo semicondutores, produtos farmacêuticos e outros bens.

“Estamos muito perto de um acordo com a China. De fato, já realizamos uma espécie de acordo com a China, mas vamos ver como isso se desenrola”, afirmou Trump a repórteres no domingo.
O jornal britânico Financial Times noticiou nesta segunda-feira (28) que os Estados Unidos suspenderam limitações às exportações tecnológicas para a China, visando não prejudicar as negociações comerciais.

De acordo com a publicação, o Departamento de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio — que é responsável pelos controles de exportação — recebeu instruções para evitar a adoção de medidas mais severas contra a China. Essa informação teria sido corroborada por fontes atuais e ex-funcionários.

A Reuters reportou que não conseguiu confirmar a notícia de maneira independente. A Casa Branca e o Departamento de Comércio não responderam a solicitações de comentários.

Brasil desconsiderado

Por decisão de Trump, a partir de 1º de agosto, o Brasil enfrentará uma tarifa de 50%. Ao longo da semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou da falta de disposição do presidente Donald Trump para dialogar.

Neste domingo, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que o governo tem buscado negociações desde o anúncio das novas medidas, com “base no diálogo, sem qualquer contaminação política ou ideológica”.

“Reiteramos que a soberania do Brasil e o estado democrático de direito são inegociáveis. Entretanto, o governo brasileiro permanece e continuará aberto ao debate sobre as questões comerciais, postura que já é clara também para o governo norte-americano”, declarou o MDIC, em uma nota à imprensa.
Como foi destacado pelo g1 neste sábado, especialistas afirmam que os canais de comunicação entre Brasil e Estados Unidos, de fato, não estão funcionando eficazmente, o que mantém as negociações travadas. Para esses especialistas, um dos principais obstáculos é a política comercial americana, que tem sido fortemente influenciada por um viés geopolítico sob Trump.
Na prática, as decisões relacionadas a tarifas são tomadas diretamente pela alta liderança do governo republicano, ofuscando, por exemplo, as equipes técnicas do departamento de diplomacia e do Escritório do Representante de Comércio dos EUA (conhecido pela sigla USTR em inglês) — o que dificulta ainda mais as negociações.

Além disso, existem outros interesses em jogo, como a competição por influência com a China na América do Sul, conforme destaca Alberto Pfeifer, que coordena o Grupo de Análise de Estratégia Internacional da USP. Nesta semana, também surgiu o interesse dos Estados Unidos nas reservas de terras raras do Brasil.

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