CNU 2025 contará com a realização de provas em duas etapas; entenda como isso funcionará - Blog do Irmão Francisco

A expectativa em relação à segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) é alta, e isso é compreensível. Este ano, a seleção apresenta alterações significativas que afetam diretamente a preparação dos concorrentes, especialmente quanto ao formato das provas, que agora será realizado em duas fases distintas.

É essencial entender esse novo modelo para aqueles que buscam uma das 3.652 oportunidades em instituições públicas federais, com salários iniciais que variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil. As inscrições estão disponíveis até o dia 20 de julho.

Diferentemente da primeira edição, onde as avaliações ocorreram em um único dia, o CNU 2025 será dividido em duas fases eliminatórias:

Uma prova objetiva no dia 5 de outubro; e
Uma prova discursiva, programada para 7 de dezembro, restrita aos que forem aprovados na primeira fase.
A seguir, confira como cada fase do processo seletivo será conduzida.

1ª FASE: PROVA OBJETIVA

A prova objetiva será aplicada de maneira simultânea por todo o território nacional no dia 5 de outubro e contará com perguntas de múltipla escolha, com cinco opções cada.

Ela será articulada em duas seções:

Conhecimentos gerais: perguntas comuns a todos os candidatos (abrangendo língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades);
Conhecimentos específicos: conforme o bloco temático selecionado durante a inscrição.
A quantidade de questões varia em função do nível do cargo.

Nível superior: total de 90 questões, englobando 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos;
Nível intermediário (médio e técnico): um total de 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 específicas.
O tempo de realização da prova também apresenta variações:

Nível superior: 5 horas, das 13h às 18h;
Nível intermediário: 3h30, das 13h às 16h30.

2ª FASE: PROVA DISCURSIVA

A segunda fase será a prova discursiva, agendada para o dia 7 de dezembro, e será realizada apenas por aqueles que forem aprovados na primeira fase.

Nesta etapa, os participantes serão avaliados conforme o nível de escolaridade necessário para o cargo almejado.

Nível superior: os candidatos devem responder a duas questões discursivas, com duração de três horas (das 13h às 16h);
Nível intermediário: os candidatos farão uma redação dissertativa-argumentativa, que terá duração de duas horas (das 13h às 15h).
Além de avaliar a capacidade de argumentação e o domínio do conteúdo, essa etapa será determinante para a classificação final dos candidatos.

Nesta edição, o concurso segue um único edital, o que simplifica o acesso às informações. As oportunidades estão organizadas em nove blocos temáticos, que agrupam os cargos por áreas de atuação, como saúde, tecnologia, administração, justiça, entre outras.

Vagas, órgãos envolvidos e distribuição por localidades

O CNU 2025 disponibilizará 3.652 vagas para posições de nível médio, técnico e superior, distribuídas entre diversos órgãos públicos.
🔍 Diferente da edição anterior, que apresentava oito editais, um para cada setor temático, o processo de seleção agora será conduzido por um único edital. Este documento contém informações detalhadas sobre as oportunidades, remunerações, conteúdo das provas, critérios de classificação e a forma de composição das notas finais.

Nesta nova edição, os cargos estão organizados em nove setores temáticos, que reúnem as oportunidades por áreas de atuação semelhantes. Os blocos são:

Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social)
Bloco 2: Cultura e Educação
Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia
Bloco 4: Engenharias e Arquitetura
Bloco 5: Administração
Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico
Bloco 7: Justiça e Defesa
Bloco 8: Intermediário – Saúde
Bloco 9: Intermediário – Regulação

Esse modelo possibilita que o candidato se inscreva para diversas vagas dentro do mesmo bloco com apenas um registro. Apesar de a maioria das vagas estar localizada em instituições situadas em Brasília (DF), existem também outras oportunidades em vários estados do Brasil.

🖱️ Como será o processo de inscrição?

O candidato realizará uma única inscrição e terá a oportunidade de selecionar os blocos e cargos de sua preferência. A concorrência pelas vagas acontecerá dentro do bloco temático escolhido.

As inscrições se iniciam no dia 2 de julho e se encerram em 20 de julho, devendo ser realizadas através da página destinada aos candidatos.

Os interessados devem visitar o site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a banca organizadora do concurso.

A taxa de inscrição é de R$ 70. Candidatos que doarem medula óssea a entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde, aqueles que estão inscritos no CadÚnico, bem como beneficiários do PROUNI e FIES, podem solicitar a isenção da taxa.

O período para solicitar a isenção da taxa de inscrição vai de 2 a 8 de julho.

🧮 Política de cotas

A nova edição implementa normas mais rigorosas para garantir a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e candidatos quilombolas.

Segundo o governo, essa iniciativa reforça o comprometimento com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal.

Assim, a distribuição das cotas foi estabelecida da seguinte forma:

25% para pessoas negras;
3% para pessoas indígenas;
2% para pessoas quilombolas;
5% para pessoas com deficiência (PcD).

Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo necessário para a aplicação das cotas, o MGI realizará um sorteio para determinar a reserva proporcional, conforme a norma estipulada.

♀️ Reserva de vagas para mulheres na 2ª fase

Um outro aspecto importante é a implementação de uma ação afirmativa pioneira direcionada às mulheres: se a porcentagem de candidatas aprovadas para a segunda fase do concurso ficar abaixo de 50%, haverá uma compensação para assegurar um maior equilíbrio de gênero nesse estágio.

“Isso não se trata de reserva de vagas para mulheres, como ocorre para pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Entretanto, faremos uma equiparação na taxa de mulheres que avançam da primeira para a segunda fase”, afirma a ministra da Gestão, Esther Dweck.

Na primeira edição do CNU, cerca de 63% dos aprovados eram homens, enquanto as mulheres representaram 37%. Esse resultado contrasta com a proporção de inscritos confirmados, que contava com 56% de mulheres e 44% de homens.